Em primeira reunião para discutir a aliança, candidatura única para o governo de São Paulo não foi assunto
O PSOL apresentou ao PT nesta quarta-feira 9 os pontos que considera fundamentais para concretizar o apoio ao ex-presidente Lula já no primeiro turno das eleições de outubro.
A conversa parte de um documento divulgado no mês passado com uma série de condições sugeridas pelo PSOL para que a aliança seja fechada.
Neste primeiro encontro, a discussão se deu sobre questões programáticas e não envolveu palanques estaduais, como as candidaturas de Guilherme Boulos (PSOL) e Fernando Haddad (PT) ao governo de São Paulo.
De acordo com o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, há um consenso em torno de três temas para que a união seja estabelecida.
“Os temas fundamentais são políticas de combate à crise climática, revogação das medidas aprovadas após o golpe de 2016 e uma reforma tributária profunda que possa mudar a dinâmica de financiamento do Estado brasileiro”, afirmou em conversa com Carta Capital. “Eu sinto do PT uma abertura, uma boa vontade para chegarmos a um consenso.”
Também presente, Boulos classificou a reunião positiva e cobrou “uma campanha mais mobilizada, já na rua”. O próximo encontro deve reunir dirigentes da Fundação Perseu Abramo e da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco, ligadas aos partidos, para que a discussão fique, ainda, no programa de governo proposto por Lula.
“É a primeira, ainda há um caminho para ser percorrido. Não temos pressa, pois nossa conferência eleitoral é só no final de abril e, até lá, vamos encontrar consensos”, avaliou Medeiros.
Em artigo publicado na CartaCapital, Boulos ressaltou a importância de se apoiar Lula contra o presidente Jair Bolsonaro.
“Mesmo tendo suas diferenças internas, como, aliás, todos os demais partidos, o PSOL caminha para apoiar Lula nas eleições presidenciais, entendendo a importância da unidade contra Bolsonaro e enxergando no ex-presidente aquele que tem melhores condições para liderar essa frente”, disse.
Pelo Twitter, a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, reforçou que há convergências em “pontos programáticos e na necessidade de enfrentar e vencer Bolsonaro e o bolsonarismo”.