Ex-ministro rebate e afirma que chavão é ‘coisa de quem não tem o que fazer’
O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, disse que o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo é um “fascista de esquerda”. A declaração foi feita em comentário nas redes sociais, em resposta a um usuário que citou Rebelo como uma candidatura da esquerda ao Senado.
Medeiros questionava pré-candidaturas ao Senado pelo estado de São Paulo quando o nome do ex-ministro surgiu na conversa.
“Datena, Skaf, Janaína Paschoal e agora um jornalista da Jovem Pan [José Carlos Bernardi, demitido da emissora em 2021] que defende o extermínio de judeus. Esses são os pré-candidatos ao Senado em SP. É hora da esquerda apresentar uma alternativa e derrotar os novos e velhos bolsonaristas que disputam essa vaga. SP merece mais!”, escreveu o dirigente do PSOL.
Questionado pela coluna sobre o comentário a respeito de Rebelo, Juliano Medeiros complementa: “Ele é contra a luta de mulheres, negros e negras, LGBTs. O centro de sua agenda é ultranacionalista, contra o direito de indígenas. É alinhado com a política externa bolsonarista. Esse cara é um horror”, diz.
Datena, Skaf, Janaína Paschoal e agora um jornalista da Jovem Pan que defende o extermínio de judeus. Esses são os pré-candidatos ao Senado em SP. É hora da esquerda apresentar uma alternativa e derrotar os novos e velhos bolsonaristas que disputam essa vaga. SP merece mais!
— Juliano Medeiros (@julianopsol) April 18, 2022
Aldo Rebelo, por sua vez, ironiza o comentário do presidente do PSOL. “Coisa de quem não tem o que fazer. É falta de argumento”, afirma à coluna.
“Quem não concorda com o Bolsonaro é comunista. Se discordar dele, já é comunista. Se discordar desse pessoal [do PSOL], é fascista. Isso não explica nada para ninguém, só esconde o que as pessoas pensam atrás desse chavão”, segue.
O ex-ministro diz não conhecer Juliano Medeiros pessoalmente, mas que a desavença entre ele o PSOL remonta a véspera da Copa do Mundo de 2014.
“Eles se juntaram com o [grupo] Vem Pra Rua e com o MBL para fazer aquele movimento ‘Não Vai Ter Copa’, saíram quebrando tudo pela rua. Eu dizia para a presidente Dilma que aquilo tinha que ser reprimido, senão eles iam impedir a Copa. Eles diziam que era fascismo”, diz.