Juliano Medeiros, presidente do PSol, afirma que o prefeito Ricardo Nunes vai tentar ser o candidato do bolsonarismo na eleição de 2024

O presidente do PSol, Juliano Medeiros, afirmou neste sábado (5/8), em São Paulo, que o atual prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), tenta “reeditar o Bolsonunes” para a eleição do ano que vem, com a aproximação feita nos últimos meses com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O termo faz alusão ao “Bolsodoria”, como ficou conhecido o movimento feito pelo ex-governador João Doria (sem partido) para se aproximar de Bolsonaro durante as eleições de 2018 e pegar carona na onda bolsonarista para vencer a corrida estadual.

“Acho que ele (Nunes) vai tentar reeditar o Bolsonunes aqui em São Paulo, como no passado nós tivemos o Bolsodoria. Nunes vai tentar, sim, ser o candidato do bolsonarismo e nós vamos mostrar para a cidade a quais interesses ele serve, quais interesses ele representa”, disse Medeiros.

O presidente do PSol participa, neste sábado, de um evento realizado pelo diretório municipal do PT na capital paulista para oficializar o apoio do partido à pré-candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSol) para a eleição a prefeito em 2024.

Além de Medeiros e Boulos, estão no evento a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a esposa dele, Ana Estela Haddad, secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, cotada para ser vice na chapa de Boulos.

Para o PSol, a aproximação de Nunes com Bolsonaro, que têm realizado vários encontros na capital paulista, é positiva para a campanha de Boulos, uma vez que tanto o ex-presidente quanto o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) tiverem menos votos na capital do que Lula e Haddad, respectivamente.

Medeiros disse ainda que considera “legítima” a pré-candidatura à Prefeitura da deputada federal Tabata Amaral (PSB), cujo partido também integra a base o governo Lula, e que Boulos está disposto a conversar com todos os partidos de esquerda e centro-esquerda em busca de aliança para 2024.

“Da nossa parte do PSol, não vai ter nenhum obstáculo para a gente sentar na mesa com todos os partidos do campo da esquerda e da centro-esquerda para ver se eles vão querer ou não. Como é que vai ser esse processo, a gente sempre tem que ter toda a paciência, abertura, sem colocar a faca no pescoço de ninguém”.