Decisão nacional libera Sonia Guajajara para assumir ministério e avalia apoio a Lula em 2022 como positivo
O PSOL decidiu apoiar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e compor a base aliada do petista no Congresso. O partido aprovou que não indicará nomes para integrar o governo, mas liberou filiados para assumirem cargos, desde que se afastem da direção da legenda.
A exceção aprovada pelo partido é a deputada federal eleita Sonia Guajajara, indicada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) para assumir o Ministério dos Povos Originários. As decisões foram tomadas neste sábado (17) durante reunião do Diretório Nacional do Psol em São Paulo (SP).
Impasse solucionado
Integrantes do partido discordavam sobre qual deveria ser a relação com o governo eleito. Guilherme Boulos encabeça a ala favorável a integrar a base de Lula. Já a deputada federal por São Paulo Sâmia Bomfim defendeu independência.
“Conseguimos ajustar as diferenças internas e reafirmar nosso apoio ao governo Lula para reconstruir o Brasil”, afirmou à Carta Capital o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros.
“Ao mesmo tempo, manteremos nossa essência combativa em defesa das políticas de justiça social, ajudando o novo presidente a entregar um país melhor para todos daqui quatro anos”, completou Medeiros.
Balanço das eleições é positivo
A resolução aprovada pelo partido diz estar ao lado de Lula contra o bolsonarismo não significa abrir mão de atuar com liberdade. “Construir a unidade não representa suprimir as diferenças ou baixar nossas bandeiras”, diz o documento.
Integrantes do partido fizeram um balanço positivo da participação nas eleições de 2022 e comemoraram a eleição de 12 deputados federais e 22 estaduais. “Somos uma força social própria e em ascensão”, afirma a resolução.